quarta-feira, 23 de abril de 2014

12 anoosss...

   Quando fiz seis anos eu mudei de escola, pelo fato de que a direção da escola (minha mãe era a diretora pedagógica) mudou e ela ficou muito, mas muito diferente! Fui para uma escola parecida, mas quando entrei, eu deveria ir para a Turma Dois (ciclo que seria a pré-escola), mas me perguntaram se eu queria ir para a Turma Três (seria o primeiro ano). E foi aí que começou a merda. Eu aceitei, ficava pensando como seria legal estudar com pessoas mais velhas e tal... Foi bom enquanto estudava na Teia, porque como eram turmas (ciclos) eu ficaria um ano com pessoas mais velhas, mas no ano seguinte eu seria do ano mais velho da turma, por exemplo, quando estava na Turma 4 eu ficaria primeiro no segundo ano e depois iria no ano seguinte para o terceiro ano, mas continuaria na mesma Turma. O problema é que eu teria que sair da Teia no quinto ano e eu iria para outra escola. Já era um pouco zoado na Teia mas depois que saí piorou e muito. 
   Por isso, hoje eu estou aqui sentado, com a professora Luana falando, 12 Anossssssss.... E eu tentando entrar dentro do chão.

Você está ranzinza...

       Eu estava na minha casa, com um amigo que veio meio de repente, estava tudo meio bom, mas monótono. Fomos jantar.
       No jantar minha mãe estava reclamando muito, e a pequena criança loira estava tomando seu leite. Minha mãe começou a reclamar MUITO mesmo então eu disse:
       - Mãe, você está um tanto quanto ranzinza hoje.
       Foi eu dizer isso, que a criança loira começou a rir, e engasgar com o leite, e de repente ela começou a cuspir aquele leite com chocolate babado em meu chão, o que me fez começar a rir muito. Isso durou cerca de cinco minutos. Depois ela parou com essa apresentação tortuosa e sujadora.
       Desde então, sempre que eu digo que essa criança loira irá para a minha casa ela diz:
       -Sua mãe não está ranzinza, está?

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Pombos

   Estava voltando para casa. Fora um longo dia na escola. Me sentia suado e cansado com aquele calor de 35 graus Celsius. Eram 18:30 e já queria estar em casa dormindo e só acordar com o nascer do sol. Mas não podia, tinha que fazer o trabalho de português, a Luana tinha me mandado escrever um texto de 20 páginas. Saco!
   Mas enquanto estava andando pesadamente até minha casa, percebi duas pombas do outro lado da rua. Fiquei paralisado, observando um pombo correndo atrás de uma pomba, a coitada, corria para longe de seu parceiro, talvez não estivesse com vontade de procriar sua espécie naquele momento. Talvez estivesse apenas se fazendo de difícil para ele. Só sei que uma hora, o macho abre suas asas e pula sobre a fêmea e segura-a com suas patas.
   Aqueles dois indivíduos, parados, como estátuas. Ambos fecharam os olhos achei que haviam dormindo, até que a fêmea deita sobre a calçada e o seu parceiro sai de cima dela. 
   Rígidos, ambos com sua plumagem cinza, fitavam um ao outro, nem mesmo piscavam, nenhum dos dois se move.
   Olhei no relógio, vi as horas mas não gravei. Quando voltei a olhar para os pássaros, eles saíram voando por cima de um pequeno prédio, como se nada houvesse acontecido, como se eles estivesse esperando eu parar de olhar.
   Voltei a mim. Percebi o quanto estava cansado, olhei novamente o relógio e eram 18:50. Chegaria de novo atrasado em casa. Isso significa mais um sermão da minha mãe. Ótimo!