quarta-feira, 2 de abril de 2014

Pombos

   Estava voltando para casa. Fora um longo dia na escola. Me sentia suado e cansado com aquele calor de 35 graus Celsius. Eram 18:30 e já queria estar em casa dormindo e só acordar com o nascer do sol. Mas não podia, tinha que fazer o trabalho de português, a Luana tinha me mandado escrever um texto de 20 páginas. Saco!
   Mas enquanto estava andando pesadamente até minha casa, percebi duas pombas do outro lado da rua. Fiquei paralisado, observando um pombo correndo atrás de uma pomba, a coitada, corria para longe de seu parceiro, talvez não estivesse com vontade de procriar sua espécie naquele momento. Talvez estivesse apenas se fazendo de difícil para ele. Só sei que uma hora, o macho abre suas asas e pula sobre a fêmea e segura-a com suas patas.
   Aqueles dois indivíduos, parados, como estátuas. Ambos fecharam os olhos achei que haviam dormindo, até que a fêmea deita sobre a calçada e o seu parceiro sai de cima dela. 
   Rígidos, ambos com sua plumagem cinza, fitavam um ao outro, nem mesmo piscavam, nenhum dos dois se move.
   Olhei no relógio, vi as horas mas não gravei. Quando voltei a olhar para os pássaros, eles saíram voando por cima de um pequeno prédio, como se nada houvesse acontecido, como se eles estivesse esperando eu parar de olhar.
   Voltei a mim. Percebi o quanto estava cansado, olhei novamente o relógio e eram 18:50. Chegaria de novo atrasado em casa. Isso significa mais um sermão da minha mãe. Ótimo!

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